Conheça os vencedores da 6ª edição do Prêmio CBMM de Ciência e Tecnologia
Categoria Ciência
Marcos Assunção Pimenta
Marcos Pimenta é Graduado e mestre em Física pela UFMG, com doutorado pela Université d’Orléans, na França, e pós-doutorado no Massachusetts Institute of Technology (MIT). Na UFMG, criou e coordena o Laboratório Raman, dedicado a encontrar respostas sobre materiais que estão transformando a computação.
Sabemos que a informática como conhecemos hoje, com equipamentos e sistemas cada vez menores, só foi possível graças à descoberta dos semicondutores e, mais recente, da nanotecnologia. O que o trabalho de Marcos Pimenta nos ajuda a entender é como funcionam os elementos que tornam essas tecnologias possíveis, como o grafeno e os nanotubos de carbono. Seu laboratório estuda materiais nanoscópicos (1000x menores que os microscópicos) a partir da espectroscopia Raman, técnica que consiste em jogar um feixe de luz em um material e examinar o comportamento dos elétrons nele.
Para iluminar ainda mais a ciência, Marcos se dedicou, junto com colegas de outras áreas, à escrita da coleção de livros “Energia, Matéria e Vida”, que traduz o conhecimento para alunos do ensino médio, tornando o assunto mais palatável e incentivando a descoberta brasileira desde cedo. Uma das 6 coleções aprovadas pelo PNLD (Programa Nacional do Livro Didático) e com mais de um milhão de exemplares distribuídos.
Categoria Tecnologia
Marcelo Britto Passos Amato
Doutor em Medicina pela Universidade de São Paulo e atual chefe da UTI-Respiratória do INCOR-Hospital das Clínicas, Marcelo Amato acumula mais de 240 publicações científicas em língua inglesa, além de 28.200 citações em publicações independentes. Dedicou seus estudos a descobrir e aprimorar instrumentos e monitores à beira-leito, com o objetivo de reduzir a mortalidade em pacientes intubados e aperfeiçoar o trabalho nas Unidades de Tratamento Intensivo.
De 1995 a 2005, uma série de trabalhos publicados por ele e seus colegas de laboratório mudaram o paradigma da ventilação mecânica ao redor do mundo, demonstrando que a estratégia de ventilação mecânica utilizada entre os anos 70 e 90 causava inflamação oculta do tecido pulmonar, duplicando a mortalidade dos pacientes. A descoberta foi reconhecida pela American Thoracic Society como uma das 100 mais importantes do último século na área médica e respiratória.
Entre seus grandes feitos, está a criação da Tomografia por Impedância Elétrica, que permite que os médicos tenham acesso à condição pulmonar do paciente em tempo real, permitindo uma ventilação mais protetora. A tecnologia é não-invasiva e isenta de radiação ionizante, permite o uso à beira-leito, evitando o transporte arriscado do paciente, tem resolução temporal equivalente ao ultrassom e ainda tem custo 100 vezes menor que o de um equipamento de tomografia convencional. O equipamento foi inteiramente desenvolvido no Brasil e já é exportado para 28 países, com aprovação da FDA.
Desde 2019, o Prêmio CBMM de Ciência e Tecnologia reconhece profissionais que, por meio de pesquisas, impactam
o Brasil e o mundo. As mentes que criam novos amanhãs.
Consolidando-se como uma das maiores premiações do país, em sua sexta edição, o Prêmio CBMM de Ciência e
Tecnologia destaca o papel crucial desses profissionais na produção científica e tecnológica brasileira.
Para pesquisadores que colocaram o Brasil em destaque no cenário científico mundial.
Para profissionais que geraram impactos relevantes ao país no desenvolvimento de aplicações práticas.
R$ 500 mil para cada categoria.
Helena B. Nader
Bacharel em Ciências Biomédicas pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com licenciatura em Biologia pela Universidade de São Paulo, doutorado em Biologia Molecular pela Unifesp e pós-doutorado na University of Southern California, fellow Fogarty (NIH). É professora titular da Escola Paulista de Medicina/Unifesp, membra da Academia de Ciências de São Paulo (ACIESP), da Academia Brasileira de Ciências (ABC), da Academia de Ciências da América Latina (ACAL), da World Academy of Sciences (TWAS). É presidente da ABC e copresidente da InterAmerican Network os Academies of Sciences (IANAS). Foi presidente da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular e vice-presidente e presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Recebeu vários prêmios e honrarias no país e no exterior, como o Prêmio Scopus e o Prêmio Almirante Alvaro Alberto (CNPq, Marinha do Brasil e Fundação Conrado Wessel).
Edgar Dutra Zanotto
Professor de Ciência e Engenharia de Materiais e diretor do Centro de Materiais Vítreos na UFSCar. Editor do Journal of Non-Crystalline Solids. Membro da Academia Brasileira de Ciências, da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, da Academia Nacional de Engenharia, da Academia Mundial de Ciências e da Academia Mundial de Cerâmica. Fellow da Sociedade Glass Tech, no Reino Unido, e da Sociedade Americana de Cerâmica e Associação Brasileira de Cerâmica. Presidente do Conselho de Curadores do Parque Tecnológico de São Carlos. Membro do Conselho Administ
Luiz Davidovich
Graduado em Física pela PUC-Rio, é doutor em Física pela University of Rochester. Tem experiência nas áreas de óptica quântica e informação quântica. Foi presidente da Academia Brasileira de Ciências e secretário-geral da World Academy of Sciences (TWAS). Além disso, é professor emérito da UFRJ, fellow do Institute for Quantum Science and Engineering da Universidade do Texas A&M, fellow do International Science Council e membro internacional da Academia de Ciências da China e da Academia Europeia de Ciências, além da National Academy of Sciences (USA). Recebeu a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico, o Prêmio Almirante Alvaro Alberto, outorgado pelo CNPq, o Prêmio de Física da TWAS e a Medalha Tamandaré da Marinha do Brasil. É Fellow da American Physical Society e da Optica Society.
Mario Neto Borges
Engenheiro Eletricista pela PUC Minas, mestre em Acionamentos Elétricos, pela UFMG, e doutor em Inteligência Artificial Aplicada à Educação, pela Universidade de Huddersfield Inglaterra. Foi professor adjunto da PUC Minas, Professor Associado IV aposentado da UFSJ, onde foi chefe do Departamento de Engenharia Elétrica, Diretor do Centro de Ensino e Reitor. Foi presidente e diretor científico da FAPEMIG. Diretor acadêmico da ABENGE por dois mandatos e presidente do CONFA, também por dois mandatos. Foi o coordenador da Área Internacional do CONFAP e presidente do CNPq.
Alvaro Prata
Professor titular do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, pesquisador nível 1A do CNPq e membro da Academia Brasileira de Ciências. Foi reitor da UFSC de maio de 2008 a maio de 2012. De 2012 a 2018, integrou o Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, em que ocupou os cargos de secretário nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento e secretário executivo.
Hélio Marcos Machado Graciosa
Engenheiro de Telecomunicações e MsC em Engenharia Elétrica pela PUC/RJ. Foi diretor de P&D da Telebras, presidente do CPQD, do CPQD T&S (USA) e da Sociedade Brasileira de Telecomunicações (SBrT), membro do Conselho Superior de Inovação e Competitividade da FIESP e do conselho de várias instituições focadas em tecnologia. Atualmente, é presidente do Conselho do Fórum Brasileiro de IoT, fundador e diretor do Instituto iCorps Brasil, mentor de startups de base tecnológica, conselheiro de planejamento estratégico da PUC‑Campinas e sócio emérito da SBrT.
Jorge Almeida Guimarães
Diretor-presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial EMBRAPII, doutor em Biologia Molecular pela Escola Paulista de Medicina, Unifesp, com pós-doutorado no National Institute of Health (NIH) EUA. Atuou como professor em diversas universidades brasileiras: UFRRJ, UNIFESP, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, UNICAMP, UFF, UFRN, UFRJ, UFRGS. Atualmente, é pesquisador sênior do CNPq e Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências.
Abertura para inscrições26/2
Indicações e inscrições De 26/2 a 19/4
Upload dos currículos e textos descritivos De 26/2 a 19/5
Prazo de julgamento De 27/5 a 26/7
Comunicação aos vencedores 12/8
Pagamento aos vencedores Ate 30/8
Cerimônia de premiação A definir
Agora em sua 6ª edição, o Prêmio CBMM de Ciência e Tecnologia se consolida como a maior premiação científica e tecnológica do país, com um grande número de inscrições de todo o Brasil. Conheça os vencedores dos anos anteriores:
Wanderley de Souza
Os trabalhos do professor Wanderley de Souza permitiram desvendar detalhes de várias estruturas celulares e contribuir para o estabelecimento de sua composição química e de sua função nos vários protozoários estudados.
No que se refere ao estudo da organização estrutural de protozoários patogênicos, Wanderley de Souza tem dado uma importante contribuição à introdução de modernas técnicas microscópicas no Brasil. Seu trabalho aborda desde a microscopia confocal à microscopia eletrônica de varredura e de transmissão em alta resolução, incluindo técnicas de criomicroscopia.
O interesse central da carreira do Prof. Wanderley de Souza, portanto, é o estudo de doenças parasitárias, sobretudo aquelas causadas por protozoários intracelulares que causam doenças relevantes como a doença de Chagas, as leishmanioses e a toxoplasmose, bem como protozoários extracelulares que causam doenças como a giardíase humana e a tricomoníase humana e animal.
Graduado em Medicina pela Faculdade Nacional de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1974) e obteve o doutorado em Biofísica pela UFRJ em 1978. Também realizou estágios de pós-doutoramento em várias instituições: National Institutes of Health; University of Illinois; University of Glasgow; Instituto Politécnico Nacional do México;
Atualmente, é Professor Titular do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, onde dirige um grupo de pesquisa que conta com cerca de 50 colaboradores.
Nivio Ziviani
Um dos pioneiros do ensino de graduação em computação do país, o Professor Nivio Ziviani acumula mais de 51 anos dedicados à ciência, tecnologia e inovação. Engenheiro mecânico e cientista da computação, é Professor Emérito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), membro da Academia Brasileira de Ciências e da Ordem Nacional do Mérito Científico, nas Classes Comendador e Grã-Cruz.
Na UFMG, criou os cursos de graduação e de doutorado em computação, o Laboratório para Tratamento de Informação (LATIN) e o Laboratório de Inteligência Artificial. Foi do LATIN que saíram as cinco empresas de tecnologia cofundadas por Nivio Ziviani e que atraíram investimento, gerando milhares de empregos. Conhecido no setor de tecnologia por ser um dos donos da Akwan Information Technologies, empresa vendida para o Google em 2005, o Professor é uma das figuras mais emblemáticas da inovação no Brasil.
Acadêmico internacionalmente reconhecido e empreendedor de sucesso, investiu a vida na produção e transferência de conhecimento científico e geração de riqueza. Atualmente, se dedica ao uso da Inteligência Artificial na saúde, nas artes e na transformação digital de empresas. Membro do Conselho de Administração das empresas Kunumi Artificial Intelligence, Unidade Embrapii do DCC/UFMG e Falconi Participações e integra os Conselhos Técnico-Científico do Instituto Hercílio Randon e do Laboratório Nacional de Computação Científica.
Também autor da série de livros sobre Projeto de Algoritmos, utilizada por professores e estudantes em praticamente todos os cursos técnicos, de graduação e de pós-graduação em computação no país. Além disso, é coautor de mais de 200 artigos científicos nas áreas de algoritmos, recuperação de informação e inteligência artificial. Foi responsável pela formação de 70 alunos de pós-graduação, sendo 58 mestres e 12 doutores.
Jerson Lima Silva
Com mais de 220 trabalhos publicados, além de patentes e livros, o médico e doutor em Biofísica Jerson Lima Silva trabalha no estudo do papel da estrutura e das mutações de proteínas associadas a enfermidades como Doença de Parkinson, Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis, Câncer e, mais recentemente, coronavírus.
Um dos pioneiros em pesquisas que abrem um novo leque de possibilidades de terapias anticâncer, tendo descoberto formas mutantes da p53 que estão presentes em mais de 50% dos tipos de câncer e que sofrem a chamada agregação amiloide, semelhante àquela que ocorre em doenças neurodegenerativas. O câncer associado às mutações na p53 pode causar a morte de mais de meio bilhão de pessoas nas próximas décadas.
Jerson Lima Silva é também Professor no Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ, Pesquisador do CNPq, membro das Academias Brasileira de Ciências, Mundial de Ciências (TWAS) e Nacional de Medicina. Recebeu prêmios da Fundação John Simon Guggenheim; Ordem Nacional do Mérito Científico; da TWAS; da Fundação Conrado Wessel; Faz Diferença do O Globo; da American Biophysical Society, entre outros. Atua ainda em atividades de gestão, com destaque para a criação do Centro Nacional de Ressonância Magnética Nuclear Jiri Jonas e o INCT de Biologia Estrutural e Bioimagem (UFRJ), e a Presidência da Faperj.
Amante da literatura e poeta. Após a publicação do livro “Quase poesia em 2016, agora prepara uma nova obra do gênero.
Marcelo Knobel
Nascido na Argentina e criado no Brasil, o professor Marcelo Knobel tem sido uma voz de destaque na defesa das universidades públicas e da ciência em diversos posicionamentos públicos e artigos de opinião. Foi Reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) de 2017 a 2021.
Na Unicamp, é Professor Titular de Física onde lidera um grupo que desenvolve e estuda novos materiais magnéticos em escala nanométrica, com potencial de aplicações em diversos campos, de gravação magnética a medicina.
Por sua luta para popularizar e desmistificar a ciência, Marcelo Knobel foi agraciado com o Prêmio José Reis de Divulgação Científica (2019). Na Unicamp, foi um dos responsáveis pela criação do Museu de Exploratório de Ciências e atua como pesquisador no Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor). Ele lançou, em 2020, o canal “Espaço Recíproco, disponível no YouTube e em podcasts. Em 2021, lançou os livros “A Ilusão da Lua: ideias para decifrar o mundo por meio da ciência e combater o negacionismo (Editora Contexto) e “Reflexões sobre Educação Superior: a Universidade e seu Compromisso com a Sociedade (Editora Blucher).
Um Eisenhower Fellow (2007), Fellow of the John Simon Guggenheim Memorial Foundation (2009) e Lemann Fellow (2015). Comendador da Ordem do Mérito Científico (2010). Ocupou diversos cargos de liderança e foi membro de diversos Conselhos nacionais e internacionais. Atualmente, é Membro do Conselho de Governança do Observatório da Magna Charta, membro eleito do Conselho da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Presidente do Conselho do Instituto Princípia, Coordenador do Samsung Ocean da Unicamp e editor-chefe do Journal of Magnetism and Magnetic Materials (Elsevier).
Vanderlei Salvador Bagnato
E se um feixe de luz pudesse transformar o futuro da humanidade? Essa pergunta tem movido os trabalhos de Vanderlei Bagnato, que há mais de três décadas realiza pesquisas nas áreas de optica e Fotônica e contribui significativamente para as aplicações da fotodinâmica e da fototerapia nas áreas da Saúde.
A partir de seus estudos, o físico demonstrou a eficácia da ação fotodinâmica para o controle de infecções, descontaminação de órgãos para transplante e tratamento de doenças como pneumonia, Parkinson e vários tipos de câncer. Essas técnicas foram adotadas por importantes associações brasileiras ligadas à saúde e têm se difundido por mais de 9 países da América Latina.
Antes de suas contribuições para a medicina, Bagnato já havia conquistado notoriedade internacional por suas pesquisas em Física Atômica, sendo um dos pioneiros nos estudos dos átomos frios e da turbulência quântica e o criador do primeiro relógio atômico do Brasil.
Vanderlei Salvador Bagnato é doutor em Física pelo MIT, professor titular da USP e diretor do Instituto de Física de São Carlos. O membro da Academia Brasileira de Ciências, The Academy of Sciences for the Developing World, da Academia Pontifícia de Ciências do Vaticano e da National Academy of Sciences dos EUA.
Júlio César Fernandes de Oliveira
Um dos pioneiros nos estudos da convergência entre a fotônica e a microeletrônica no Brasil, o engenheiro elétrico paraibano Júlio César Fernandes de Oliveira produz, há mais de uma década, soluções tecnológicas para o mercado global de telecomunicações.
Depois de anos trabalhando na Fundação CPqD, enquanto cursava a pós-graduação na Unicamp, Júlio César decidiu aliar seu conhecimento científico à vontade de empreender e, com o apoio de investidores nacionais e internacionais, fundou a sua primeira startup.
Hoje, lidera três empresas de tecnologia que são referência no desenvolvimento de lasers, microchips, circuitos fotônicos e outros dispositivos para a cadeia de módulos ópticos. Seu trabalho abre caminhos para formas cada vez mais eficientes de processar e transmitir informações, com maior velocidade e menor consumo energético.
Júlio César Fernandes é doutor em Engenharia Elétrica pela Unicamp e CEO da Idea! Electronic Systems, grupo que incorpora as empresas PITEC e BrPhotonics, reconhecida como uma das startups mais inovadoras do mundo pelo European Photonics Venture Forum. Possui mais de 22 produtos lançados no mercado e depositou 15 patentes ao longo de sua carreira.
Cesar Gomes Victora
Cesar Victora é Professor Emérito de Epidemiologia na Universidade Federal de Pelotas, onde coordena o Centro Internacional de Equidade em Saúde. Ocupa também cargos honorários nas Universidades de Harvard, Oxford e Johns Hopkins. Desde a década de 1970, tem atuado nas áreas de saúde materno-infantil, coortes de nascimento, desigualdades em saúde e avaliação de impacto de programas de larga escala. O Prof. Victora é membro da Academia Brasileira de Ciências (2006) e da The World Academy of Sciences (2018), havendo atuado como Presidente da Associação Epidemiológica Internacional de 2011 a 2014. Possui mais de 750 artigos publicados, com um índice H de 95 (mais de 40.000 citações) conforme o Web of Science, instituição que em 2018 e em 2019 o classificou entre os 1% de cientistas mais citados no mundo. Em 2017, recebeu o Prêmio Gairdner de Saúde Global, no Canadá. Atualmente, atua na coordenação da pesquisa EPICOVID-19, que monitora a progressão da pandemia de coronavírus em 133 cidades brasileiras.
Fernando Galembeck
Fernando Galembeck tem uma extensa carreira de professor universitário, na qual sempre fez questão de aliar a pesquisa científica com a prática de ensino. Sua trajetória inclui passagens por importantes instituições como a Unicamp e a Universidade Federal de Pernambuco.
Em suas pesquisas, que abrangem a interface entre química, física, biologia e engenharia, Galembeck busca desenvolver materiais avançados com aplicações em nanotecnologia, medicina, eletrônica e meio ambiente. Seus estudos sobre a superfície e as propriedades de polímeros são amplamente reconhecidos e já renderam inúmeros artigos em revistas científicas internacionais.
O pesquisador também se destaca por sua atuação na formação de novos cientistas, orientando dezenas de alunos de pós-graduação ao longo de décadas de trabalho acadêmico. Galembeck é membro titular da Academia Brasileira de Ciências desde 1994 e, em 2017, recebeu o Prêmio Almirante Álvaro Alberto, a mais alta honraria concedida pela CNPq.
Marcelo Viana
É pesquisador titular e diretor-geral do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA). Especialista na área de Sistemas Dinâmicos, já orientou 39 doutores e 20 mestres. Foi presidente da Sociedade Brasileira de Matemática e vice-presidente da União Matemática Internacional. Recebeu diversas distinções, como o Grande Prêmio Científico Louis D., da França, e é membro das Academias de Ciências do Brasil, do Chile, de Portugal e do Mundo em Desenvolvimento (TWAS). Organizou o Congresso Internacional de Matemáticos ICM 2018 e escreve semanalmente na Folha de São Paulo.
João Batista Calixto
Graduado em Ciências Biológicas pela UnB e doutor em Farmacologia pela USP. Professor titular de Farmacologia aposentado da UFSC, pesquisador nível 1A do CNPq, membro da Academia Brasileira de Ciências e diretor do Centro de Inovação e Ensaios Pré-Clínicos. Possui mais de 400 trabalhos publicados internacionalmente, com mais de 56.000 citações via Web of Science, Scopus e Google Scholar. Foi editor em revistas internacionais, orientou 38 dissertações de mestrado, 37 teses de doutorado e 36 estudantes de pós-doutorado. Proferiu mais de 350 palestras pelo mundo, possui 24 patentes no Brasil e no exterior, participou do desenvolvimento de 3 produtos que estão no mercado e de outros que estão em estudos clínicos.
Promovido pela CBMM, o Prêmio CBMM de Ciência e Tecnologia reconhece o legado de profissionais que se dedicam produção científica e tecnológica brasileira. Poderão concorrer profissionais que tenham desenvolvido produtos, processos, metodologias e/ou serviços inovadores nas áreas de Ciências da Computação, Ciências da Terra, Ciências da Vida, Engenharias, Física, Matemática e Química.
O Prêmio é composto por duas categorias:
Prêmio CBMM de Ciência – poderão participar desta categoria os candidatos ou grupos de candidatos que tenham desenvolvido obras científicas nas áreas de conhecimento especificados no item I acima, de reconhecido valor para o desenvolvimento científico e de impacto para a colocação do Brasil em destaque no cenário mundial da ciência.
Prêmio CBMM de Tecnologia – poderão participar desta categoria os candidatos ou grupo de candidatos que tenham contribuído para a pesquisa ou o desenvolvimento de processos, produtos ou metodologias, em áreas aplicadas, e que tenham produzido impacto econômico, ambiental ou social relevante para o desenvolvimento do Brasil.
Qualquer universidade, instituto de pesquisa ou empresa com foco em desenvolvimento tecnológico poderá indicar candidatos, mas as inscrições e a submissão de documentação devem ser realizadas pelos próprios candidatos indicados. Poderão ser indicadas até cinco (5) candidaturas de uma mesma instituição em cada uma das categorias, totalizando dez (10) indicações por instituição.
O Prêmio CBMM de Ciência e Tecnologia reconhece os esforços e o comprometimento dos profissionais em prol de uma sociedade mais equilibrada e sustentável. O vencedor de cada categoria será contemplado com um prêmio no valor de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais).
Sim. Você pode fazer sua autoinscrição clicando aqui.
As indicações e inscrições devem ser feitas de 26 de fevereiro a 19 de Abril. Depois, os candidatos têm até 19 de maio para atualizar os textos e fazer o upload de seus respectivos currículos no site.
A participação é totalmente gratuita e não exige taxa de inscrição ou qualquer outra forma de pagamento.
A comissão julgadora independente fará a análise das inscrições entre os dias 27 de maio e 26 de julho, e os resultados serão divulgados no dia 12 de agosto. Os ganhadores receberão os prêmios até 30 de agosto.
A gestão do concurso será conduzida por um comitê executivo composto por membros da CBMM, que será responsável por coordenar o processo e submeter as candidaturas a uma comissão julgadora. Previamente � apuração dos vencedores, entre 27 de maio de 2024 e 26 de julho de 2024, será realizada a fase de “enquadramento” dos participantes, na qual as candidaturas serão verificadas pelos membros do comitê executivo, que utilizará os critérios adiante definidos para admitir (e manter o participante no concurso) ou rejeitar (e, consequentemente, desclassificar) os candidatos. São os critérios dessa fase: (i) adequação das candidaturas ao regulamento e � proposta das categorias; e (ii) autoria (relação de origem entre autores e pesquisas, constatação se o inscrito é realmente autor das contribuições submetidas). Somente as candidaturas enquadradas pelo comitê executivo continuarão participando do concurso.
O concurso contemplará dois (2) vencedores, sendo um (1) em cada categoria. A apuração será realizada por uma comissão julgadora composta por até sete (7) membros de notório saber nas áreas do concurso. Os componentes desse grupo são divulgados no site. A comissão julgadora utilizará os seguintes critérios para a definição dos vencedores: (i) originalidade e criatividade; e (ii) contribuição e impacto para a ciência ou desenvolvimento e inovação. A decisão da comissão julgadora é soberana, inquestionável e irrecorrível.
Os candidatos vencedores serão contatados por meio do e-mail ou telefone informados no momento da inscrição até o dia 12 de agosto de 2024. A divulgação do resultado ao público em geral ocorrerá em até 10 (dez) dias contados do dia da comunicação aos vencedores.
O prêmio constitui-se em R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) para cada vencedor das categorias.
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